Integrantes da Rede-Luz e parceiros atuam em prol da causa indígena na região nordeste e planalto norte de Santa Catarina
A Rede-Luz, filiada à Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), tem atendido aos chamados humanitários emergenciais e às demandas de ações contínuas em várias regiões do País e do planeta.
São inúmeros os focos de luzes como a Rede-Luz Joinville, que desenvolve atividades pautadas no resgate da consciência indígena em parceria com a Pastoral Indigenista da Diocese de Joinville, e com o apoio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), polo de Araquari, SC.
A população atendida consiste em povos indígenas de três etnias: 169 famílias da etnia Guarani, que habitam na região há muito tempo; 12 famílias da etnia Kaigangs, que vivem há cerca de 20 anos sob lonas, nas proximidades da rodoviária na cidade vizinha de Mafra; e mais recentemente, cinco famílias do povo Deni, proveniente do Amazonas, instalados nas proximidades do mangue, em Joinville.
“E o milagre, pela força da fé, tem se manifestado”, destaca o coordenador da Rede-Luz Joinville, SC, Luís Alberto Siqueira, referindo-se às doações recebidas durante o período crítico da pandemia da Covid-19, de abril a dezembro de 2020. São cestas básicas (cerca de 800), ração para cães (810 kg) proveniente da Rede-Luz Balneário Camboriu, roupas, colchões, cobertores, material de limpeza e higiene, de prevenção ao Coronavírus, entre outros produtos de primeira necessidade.
Os benfeitores vieram de todos os lados – pessoas físicas, anônimos, organizações da sociedade civil, órgãos públicos, centros terapêuticos – que atenderam ao chamado emergencial para ajudar os indígenas. Entre os colaboradores, estão a Pastoral da Criança, Associação Diocesana de Promoção Social (Adipros), Conselho Estadual dos Povos Indígenas (Cepin), que congrega entidades como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Os párocos de algumas das igrejas católicas e os fiéis promoveram as coletas de alimentos, que segundo Luís Alberto, é a principal fonte das doações.
Para que estas e outras doações cheguem onde vivem os indígenas, as articulações se fazem por meio da parceria com a Sesai e apoios do Centro dos Direitos Humanos (CDH), do Comitê Popular Solidário de Joinville, do Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) e também, por meio de voluntários, tanto da Pastoral Indigenista quanto da Rede-Luz.
Sobre a relação permanente e amistosa da Rede-Luz com a Sesai, Luís Alberto enfatiza: “tem-nos permitido compatibilizar as carências mais urgentes com a de captação de doações para supri-las, sem desperdícios, posto que este órgão possui um controle destas necessidades e, por outro lado, num período hábil de tempo, já que as informações coletadas sobre a demanda das aldeias nos chegam em primeira mão”.
“Em 2021, as ações desta rede de apoio terão continuidade. Em janeiro, novos lotes de doações chegarão aos seus destinos; e assim, durante os demais meses, enquanto for necessário”, enfatiza o coordenador.